Muitas pessoas não sabem, mas a epilepsia é bastante frequente em crianças, uma vez que elas possuem o sistema cerebral em formação. Por isso, é fundamental que os pais tenham conhecimento dos seus sintomas, que nem sempre são manifestados por crises convulsivas, para saber lidar com a doença. No artigo de hoje, você vai saber tudo sobre esse assunto!
Conhecendo a doença
Nosso sistema nervoso é composto por milhões de células nervosas que utilizam de sinais elétricos para controlar as funções corporais e os sentidos. No entanto, às vezes esse processo é interrompido, gerando uma mudança repentina de consciência – é nessas horas que ocorre o ataque epilético.
A alteração é temporária e, na maioria dos casos, reversível. Porém, o aparecimento de duas ou mais crises num intervalo de um ano, caracteriza a doença. Daí a importância de ficar atento aos sinais.
Quais as causas da epilepsia?
Entre as possíveis causas de epilepsia em crianças pode-se destacar: meningite e outras infecções cerebrais, tumores e malformações cerebrais, trauma, condições congênitas (como Síndrome de Down) e até envenenamento.
A falta de oxigênio durante o parto, níveis baixo de açúcar no sangue, sangramentos cerebrais e uso de drogas pela mãe, também são apontados como possíveis agentes causadores da doença em recém-nascidos.
Como é o tratamento?
O tratamento tem como objetivo reduzir as chances de um ataque epilético ocorrer. Para isso, são utilizados remédios antiepiléticos ou anticonvulsivos. Em alguns casos, esses medicamentos podem apresentar efeitos colaterais, e o paciente pode levar um tempo para se adaptar.
Quais são os tipos de crise epilética?
As crises, de forma geral, podem ser divididas em dois grupos. O primeiro, denominado parcial, remete aos sinais incorretos que afetam apenas um lado do cérebro. Já o segundo, classificado como generalizada, impacta o cérebro inteiro. É importante ressaltar que crise epiléptica é diferente de epilepsia: a primeira diz respeito ao fenômeno em si, enquanto que o segundo termo é utilizado para caracterizar a condição.
O que fazer durante a crise?
A primeira recomendação é retirar todos os objetos pontiagudos ou cortantes, que possam oferecer riscos de ferimento para a criança do local. Em seguida, deve-se proteger a cabeça, impedindo que movimentos bruscos possam vir machucar.
Dependendo da crise, também pode haver a ocorrência de vômito, por isso é preciso virar a cabeça da criança para o lado, evitando assim, que ela possa se engasgar. É importante ressaltar que não se deve colocar nada na boca da criança. A emergência deve ser acionada imediatamente.
Como prevenir os ataques epiléticos?
Se você tiver uma criança epiléptica em casa, nunca deixe de dar os remédios prescritos e de levá-la às consultas de rotina com o médico.
O preconceito com a doença ainda é grande, mas só ocorre por falta de informação. Procurar ajuda e entender o problema é fundamental, não apenas para melhorar a condição de quem tem a doença, mas também para os pais, amigos e parentes que convivem, ainda que de forma indireta, com ela.
Quer saber mais? Estamos à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficaremos muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como pediatras em Belo Horizonte!